Internet no Brasil Preço Alto e Baixa Velocidade
Internet do País perde para Haiti e Angola
Embora
os preços dos pacotes de banda larga no País tenham caído pela metade
em dois anos, com valor médio de R$ 31,28, as conexões de internet têm
velocidade média de 105 Kbps (quilobytes por segundo), situando o Brasil na 136ª posição em estudo feito pela empresa Pando Networks. Países como Haiti (128 Kbps) e Angola (113 Kbps) ficam à nossa frente nesse quesito.
A pesquisa considerou a velocidade de 27
milhões de downloads em 20 milhões de computadores em 224 países entre
janeiro e junho. O desempenho médio da conexão à internet no mundo foi
de 508 KBps. A Coréia do Sul lidera a lista com a maior velocidade, 2,2
Mbps.
Na avaliação do presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, a qualidade
da conexão no País tem aumentado devido aos investimentos das
companhias em fibra óptica. A partir do ano que vem esse movimento será
mais perceptível. "Algumas operadoras como a GVT só oferecem planos a
partir de 5 MB", destaca o especialista.
A taxa de download mais lenta foi
identificada na cidade de Argel, na Argélia, com apenas 56 Kbps. Em
seguida figura o município catarinense de Itapema, com 61 Kbps. Santa
Cruz, na Bolívia, tem a terceira pior conexão do mundo com 62 Kbps.
O Brasil também tem a pior velocidade de
conexão entre os Brics, já que a Rússia, a Índia e a China possuem
velocidades médias de 761 Kbps, 184 Kbps e 245 Kbps, respectivamente.
PREÇO - Outro estudo divulgado pela União
Internacional de Telecomunicações aponta que a competição entre as
operadoras e a popularização do serviço de internet banda larga estão
barateando os preços no País. O presidente da Teleco comenta que os
pacotes têm velocidade média de 1 Mbps e que o preço gira em torno de R$
50.
"A quantidade de domicílios com conexão
discada no Brasil tem caído muito nos últimos anos. Em 2009 chegavam a
20% e no ano passado foram apenas 13%", sinaliza o especialista. Esse
percentual cai à medida que mais brasileiros têm acesso ao serviço de
internet rápida. Somente no primeiro semestre, a base de assinantes do
serviço cresceu 77%, com 45,7 milhões de usuários.
COMPETITIVIDADE - Enquanto a
velocidade de download no País fica aquém de muitos países
subdesenvolvidos, sua posição em termos de competitividade no setor de tecnologia da informação melhorou.
Desde a primeira edição do ranking, em 2007,
o Brasil subiu quatro posições e sua nota geral saltou de 31 pontos
para 39,5. Pesquisa da Economist Intelligence Unit e pela Business
Sotware Alliance, que avalia as condições de 66 países nessa área
colocou o mercado brasileiro em 39º. Na América Latina, ficou atrás do
Chile (34º), e superou México (44º), Argentina (45º), Colômbia (49º) e
Peru (55º).
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